saga de uma tímida/insegura/atrapalhada/parva cujo dom é sonhar

Quinta-feira, 30 de Setembro de 2010

Estou triste hoje, ainda estou triste. Estou em baixo e estou cansada de estar assim. Hoje sonhei com o T. e os amigos dele, nomeadamente a S.. Sonhei que não estavam a querer que eu estivesse com eles ou qualquer coisa e eu estava a sair da minha casa e eles ficavam lá. Comecei a chorar e disse à S. o que tenho pensado, disse que não tinha feito nada de mal para ão gostarem de mim, que não podia continuar com o T. se não gostava dele e enfim. Disse isso tudo enquanto o T. estava lá em cima mas eu sabia que ele estava a ouvir. Desabafe tudo e chorei. A S. acabou por me abraçar axo eu. Depois vinha o T. mas eu virei costas e fui andando a chorar e ele veio atrás e deu-me um abraço. Mas eu não tinha a certeza se queria aquele abraço. Enfim. Sonhei isto a noite toda acho eu, e chorei muito. Acordei com um animo que se pode imaginar. De cada vez que estou um bocado parada penso nisso. De cada vez que penso, penso nisso. Estou mesmo triste. Isto está-me a ocupar a cabeça mais do que devia. Faz-me lembrar de coisas e pensar em coisas que se calhar não devia, mas não consigo evitar pensar nisso. Já estive triste, já chorei muito, já achei que estava mesmo mal. Mas agora, acho que estou num limite. Se calhar já chorei mais, já esperneei muito, mas agora estou calmamente triste. E ainda é mais sufocante. É como estar a ver-me a mim própria de fora e não conseguir fazer nada por mim. Já não acredito em grande coisa, estou desmotivada. Dantes acho que acreditava sempre que ia melhorar, que tinha que melhorar, que há fases para toda a gente. Mas agora não consigo acreditar nisso, não consigo sentir isso como verdade. Como é que eu saio desta? Não sou como as outras pessoas, não pareço como as outras pessoas, capto atenções por motivos que me desagradam e arrasa-me saber o que as pessoas pensam de mim. Claro que às vezes penso isso e as pessoas não pensam sempre o que eu acho. Mas eu não sou idiota. Sei exactamente que tipo de pessoa sou aos olhos delas. E eu sou tão mais que o que mostro. Mas não consigo mostrar mais. estou cansada de tentar. Estou cansada de acreditar e me desiludir. Como é que eu saio desta? Estou mesmo triste, não percebo sentido nenhum em mim e nas coisas que faço. Hoje na aula sentei-me perto do H.. Estavamos só três na aula. Nem sabia o que fazer, mexi na caneta, no telemovel. Ele as vezes olhava para mim. Depois chegou gente e uma rapariga veio falar comigo por causa de um trabalho prático e ele ficou a olhar para mim. Eu gosto que ele note que eu estou ali, sinto alguma diferença no olhar dele, uma diferença que eu gosto. Mas senti que ele estava a olhar porque nunca me vê propriamente a conviver com ninguém por lá. E pus-me a pensar. Sou mesmo um bichinho, o facto de falar e estar à vontade com alguém é motivo de curiosidade. Não era assim que queria ser. Mas não consigo controlar. Já tentei, a sério que tentei. Continuo a tentar mas às vezes dou por mim a sentir-me tão retraida e quando fico sozinha sinto-me de maneira diferente e aí é que noto como me estava a sentir. Gostava de olhar pra ele quando ele esta a olhar para mim, só para mostrar atitude, nada que tenha a ver com sentimentos, digo isto em termos de mostrar que não sou assim tão diferente, que não sou uma anormalzinha enfim. Mas como é que quero fazer um esforço tão grande para mostrar coisas que não sou. Hoje pus um comentario no facebook para adicionarem o mau e-mail porque não estou a conseguir aceder ao outro. Uma pessoa adicionou-o. E é minha prima. Que é que eu ando aqui a fazer. Sou ridicula e insignificante, por mais que alguém me diga que não a verdade é essa. Precisava de uma injecção de adernalina, ou boa disposição.

See ya

escrito por sonhadoraincuravel às 22:18
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Quarta-feira, 29 de Setembro de 2010

"A timidez não é uma doença com sansão OMS e DSM.IV. Mas creio que devia constar nesses sisudos catálogos. E rapidamente. Mesmo quem, como eu, possui uma vasta colecção de enfermidades materiais e mentais, sabe que há pouquissimas coisas que me perturbem tanto como a timidez. Pouquissimas características me marcaram de modo tão decisivo e me arrastaram tão arrastado pelas ruas da amargura. E isso é dizer muito.

Desde que me lembro de mim que a timidez é o meu obstaculo numero um. Um entrave que atravanca o mundo. Uma vez, na escola primária, uma professora mandou-me pedir não sei o quê a um continuo. Não me recordo dessa incumbência, mas tenho a certeza que não cumpri. Fui saindo a medo, vagueei pelos corredores, fiquei santado nas escadas, talvez até me tenha escondido atrás de uma porta. Demorei uma eternidade, enrodilhado na minha incapacidade de ir ter com o continuo e de lhe dar um simples recado. Longuíssimos minutos depois, regressei à sala e disse obviamente, que não encontrava o continuo em lado nenhum.

Ora isto é uma doença, tão doença como uma gastrite. Ou, se quiserem, uma condição permanente, como sofrer de sinusite. neste episódio eu era uma criança, mas em todas as épocas me lembro de casos assim. Se pudesse, evitava entrar em contacto com uma pessoa desconhecida ou pouco conhecida. Subi e desci avenidas erradas (mesmo em território estrangeiro) apenas para não ter que pedir uma indicação. Comprei o que não queria em supermercados porque não perguntei onde estava o que procurava. Deixei de almoçar vezes sem conta só para não encetar um temível dialogo com a empregada. Sempre que me põem à frente um ignoto concidadão, eu embatuco.. Não comunico, olho para os ladrilhos, perco o pio, faço astuciosos Ulisses o possivel para não termos de entrar em concílio.

Um dos problemas maiores da timidez é que por vezes parece aos outros um defeito de carácter. O tímido é um menino da mamã (tese proustiana). ou então um arrogante, que detesta toda a gente e se enclausura na sua carapaça. Ora, creio que em geral o tímido sofre com a sua timidez, e tem vontade de contacto como toda a gente. reparem: eu sou, e gosto de ser, uma pessoa discreta e reservada. Não cultivo a menor ambição de acordar no proximo sabado festivo como um jamaicano. Estou muito satisfeito com a circunspecção, e introspecção e outras colicas do espirito. mas não desgostava de cumprimentar as pessoas sempre que entro nalguma sala (em vez de observar a carpete gasta). como não me desprazia uma cavaqueira com um colega de viagem ou com alguém que ficasse sentado ao meu lado num repasto (em vez de me refugiar nos classificados da Arrentela ou no cardápio de peixes grelhados). Eu sou aquele típico pateta que numa festa esgancha contra uma coluna, de copo alto meio vazio, olhando para toda a gente como se fossem fantasmas translucidos. E é melhor nem entrar no capítulo «sexo oposto» (mais conhecido como «o oposto de sexo»). Dos quinze anos aos trinta e dois, a minha timidez é quem mais ordena. E ordena sempre que me mantenha quieto e calado. Que não manifeste interesse ou intenção. Nem que a moça se pareça com a Cameton Diaz, tenha sido deixada pelo namorado ha dez minutos e use um cartaz fosforescente em que pede conforto masculino.

Por essas e por outras é que acho que a timidez é uma doença. Por causa da timidez não fazemos imensas coisas. E nós morremos de remorsos pelo que fizemos mas sobretudo com remorsos por tudo o que deixamos passar. É um comboio que se põe em andamento e acaba com o momento propício (procurem o poema de Thomas Hardy Faintheart in a Railway Train). A timidez acaba connosco. Com uma enganadora gentileza. Os ingleses costumam dizer que uma pessoa é «dolorosamente tímida» (painfully shy). E dizem bem, porque se trata de um sofrimento oculto mas realissimo. Um tímido fica preso a si mesmo, não se mexe, é um invisivel que se vê. E que sofre por querer o contrário do que motra (que é nada).

Era por isso altura de OMS e DSM-IV declararem a timidez uma doença. Em vez de «ansiedade social» ou outros eufemismos, digam simplesmente «timidez». Para que alguém nos acuda. Pela minha parte, não peço mordomias. Basta uma comparticipação nas pastilhas."

Pedro mexia

E eu não poderia dizer melhor, é exactamente o que se passa com um timido como eu e, aparentemente o autor do texto.

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escrito por sonhadoraincuravel às 17:43
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Hoje faltei às aulas de tarde. Baldei-me. Já era para me baldar à primeira aula da manhã e fui na mesma por isso não é mau. Hoje estava sem a minima vontade de ouvir professores a falar de coisas que não me interessam quando tenho a cabeç tão xeia de coisas. Fico um bocado com remorços porque axo que assim não estou a conseguir acompanhar a matéria. Mas faltam-me as forças para ir. Não quero estar a ser preguiçosa mas as vezes sinto-me tão triste que me parece sem sentido nenhum estar numa aula. Amanhã era para ir ter com a C. depois das aulas mas ela não vai poder. Não sei se é desculpa ou não mas ela primeiro disse que sim portanto não vale a pena tar a pensar que era desculpa. Também não estava cheia de vontade simplesmente axei que ia ser bom, me ia fazer bem. estive no facebook e falei com a C. e com uma prima minha, distrai-me um bocado. Mas agora estou outra vez a olhar para o pc, não sei se me apetece ouvir musica ou não, não sei o que me apetece. Hoje comprei tabaco, não sei se acalma grande coisa ou não, sinceramente das vezes que fumei não senti lá grande calma, mas em todo caso apeteceu-me. Ao meio dia também não estava com grande fome, foi aí que comecei a pensar e comecei a ficar triste. Na escola fizemos um trabalho e o meu griupo até é porreiro apesar de ter uma rapariga do meu ano que eu não gosto. Mas nem nos falamos quase. Falei com o resto do grupo, ouvi mais do que falei mas foi divertido ainda me ri um bocado. O rapaz do grupo é o que está comigo noutra aula e ele definitivamente parece um puto é engraçado. E parece-me que há ali um certo clima com uma das raparigas do grupo, ou já se conhecem bem, e eu axo que não se conhecem ha muito, ou então há ali uma simpatia muito grande. Ela parece meio envergonhada, pelo menos é assim calminha mas não tão acanhada como eu, claro. Até que tive sorte com os grupos, uns mais que outros mas pronto. Agora vou ter uma aula dificil na sexta e tou com medo. Uma das raparigas do meu grupo é uma que estava comigo no ano passado, gosto dela por acaso mas estou com bastante medo porque é dificil e tem calculos e eu tenho medo de não perceber patavina daquilo. Mas também não tou com vontade de ir estudar isso agora. Enfim, cá estou eu triste, sem grande sentido no que ando a fazer, sem grande motivação, sem grande amor próprio, sem sentir grande carinho por parte das pessoas. Enfim sou mesmo eu. Por aí, continuem bem.

See ya

escrito por sonhadoraincuravel às 15:35
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Terça-feira, 28 de Setembro de 2010

Estou mesmo com o humor alterado, não é que geralmente não me venha queizar aqui das minhas tristezas, mas uktimamente ando irritada. Aquilo do T. afectou-me, fez-me pensar em coisas que eu pensava já ter resolvido. Fui muito egoista e ainda tenho pensamentos assim, mas axo que tenho direito de senti-los se no fundo souber até onde posso ir. Axo que o meu problema foi ver que até ele que estava mal, facilmente arranjou maneira de se distrair e assim, eu não consigo ter uma vida normal como o resto dos universitátios por exemplo. Eu sou a típica marrona mas que não tem boas notas nem nada disso. Ou seja, sou a marrona sem proveito. Ainda no outro dia a C. falou em juntar umas amigas e irmos sair e eu disse que sim, mas que sitios onde se dançasse e assim é que não ia mas para ela combinar e me dizer que logo via até se podia.E ela disse que podia vir embora quando quisesse e assim. E a verdade é esta, eles quando se juntam vão dançar, vão beber. Eu beber bebo, mas dançar, nem com os copos. Não estou à vontade em lado nenhum. Como é que eu convivo com as pessoas se parece que as pessoas vão conviver enquanto dançam, não compreendo, parece que não há alternativas, é uma coisa comum a todos, saem para ir dançar. É assim que se conhecem pessoas. se andarem como eu sou as esquesitinhas la da universidade que ou estão aparte ou estão caladas e depois sinto aqueles olhares de quem está a pensar alguma coisa sobre mim, seja o que for. Com as pessoas com quem vou convivendo nos grupos das aulas práticas até vou ganhando outra imagem. ou pelo menos com alguns porque ja tive grupos em que não fazia nada e entrava muda e saia de la calada. Mas tenho conhecido algumas pessoas, mas parece que fora daquele contexto quando encontro aquelas pessoas as vezes até fico sem saber o que dizer, ou porque vão acompanhados de outras pessoas sei la.... não sou mesmo normal, não sou normal. Não sei lidar com coisas tão estupidas. Hoje numa aula pratica tive que apanhar o cabelo e passei a aula toda a pensar nas minhas borbulhas ou marcas a aparecerem com aquele calor e o cabelo apanhado. Os meus colegas de grupo são muito porreiros por acaso, são engraçados e por acaso estou-me a dar bem com eles, são simpaticos, mas basta um leve olhar para a minha cara que não penso em mais nada. Eu precisava de espelhos a toda a hora, sempre, para saber como sou quando tenho que apanhar o cabelo, quando sinto a cara a transpirar, quando estou com qualquer coisa vestida ou calçada enfim.... Quando me ponho a imaginar essas coisas sem me ver penso que estou mal, que estou feia enfim. Eu sinto-me mal e conforme me sinto mal, se me sinto tímida, ou esquisita é assim que fico, é assim que passa a imagem. Enfim, como estava a dizer, isto do T. fez-me perceber que o que importa não é ser bonito, não é estar a sofrer por amor, enfim, não é nada disso qie importa. O que interessa é uma pessoa conviver, dar-se às pessoas, divertir-se, não ter problemas em estar com elas. Dessa maneira conhecem-se pessoas, pode haver quem se dê melhor e quem se dê pior mas as pessoas convivem. E eu? Que ando aqui a fazer? Como vive uma pessoa que tem medo de estar com as pessoas? Como vive uma pessoa que se sente um bichinho pior do que as pessoas com quem convive? Eu até acho que não sou horrorosa, até acho que tenho algum interesse. Mas não consigo conviver normalmente com as pessoas porque quando estou com elas sinto que sou pior e mais feia e com menos valor e menos inteligente que elas todas. Quando começo a falar parece que oiço tudo o que digo ao pormenor, o tom de voz que usei, o sotaque enfim. Eu sinceramente não sei o que fazer. Axo que só posso conviver com isto mas assim fico sozinha e frustrada porque mesmo que ande a conviver mais com algumas pessoas, quando foge das compras, do passeio, do cinema, da conversa, ou seja, quando é para conviver mais em grupo e conhecer outras pessoa,s eu não me dou com esse ambiente, não consigo, aí é que fico mesmo bloqueada. Eu tenho um complexo de inferioridade. E assim não evoluo. Mas é muito bonito estar bem disposta e axar que ta tudo bem. Basta-me ir para a faculdade que acabo por ser confrontada com situações em que me sinto assim. Até porque tenho a sensação que há já uma ideia geral de mim, as pessoas já me conhecem porque devo ser qualquer coisa como a esquesitinha. Não sei se falam ou não, algum comentario ja teram alguns feito, mas eu sinto que em geral há já uma ideia qualquer sobre mim e isso encomoda-me. Devia pensar que isso não tem importância. E realmente não deveria ter. Mas por outro lado eu quero conhecer pessoas, quero que me conheçam e quero sentir nelas que eu tenho algum valor. Tenho mesmo necessidade disso e assim não dá. É como se visse nelas que realente não tenho valor e não sirvo para nada. E para que é que sirvo. Volto sempre a isto. Ando sempre cheia de medo, estou com medo de ter que mostrar conhecimento em frente às pessoas, nas aulas, tenho calculos para fazer e não sei se sou capaz, tenho espanhol em que estou sejeita a que me perguntem alguma coisa e ten ho medo de ter que responder porque tenho vergonha, andava com medo de ter que apanhar o cabelo e mostrar as marcas todas e tive que mostrar e senti-me mal. Ando sempre cheia de medo, ando sempre tensa. Bom, vou ver se me distraio um bocadinho não sei bem ainda com quê. Estou com pouca vontade de ir à primeira aula amanhã, mas axo que vou para não ficar a pensar em coisas estupidas ou assim. Espero que por ai ande tudo bem.

See ya

escrito por sonhadoraincuravel às 22:31
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Segunda-feira, 27 de Setembro de 2010

Mais alguém está com problemas em aceder ao e-mail? Tenho e-mail na hotmail e simplesmente não consigo aceder e mesmo que mude a password não dá para entrar estou xeia de nervos porque tenho lá cpoisas importantes. Já vi que está muita gente na mesma situação no centro de ajuda lá da hotmail mas ninguém responde lá, toda a gente se queixa mas não há um representante da microsoft a dar uma explicação sobre o assunto, nem para dizer que estão a resolver o problema. não quero pensar que vou ficar sem os mails axo que esgano alguém a sério. Como é possivel que eles não digam nada. uma empresa tão grande com tantos lucros. explicaram-me que anda um virus por aí que tenta passwords de forma aleatória e aquilo bloqueia a conta. Mas caramba já fiz montes de coisas já provei que a conta era minha, qual é a dificuldade de desbloquea-la, qual a dificuldade de dizerem que estão a fazer alguma coisa. Só se cagaram nos utilizadores e não querem saber. Estou mesmo irritada tenho lá coisas da universidade e apetece-me bater-lhes. Vocês não têm tido problemas com as contas de e-mail?

See ya

escrito por sonhadoraincuravel às 19:54
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Este fim de semana estive sem net e custou-me imenso até porque precisava mesmo de desabafar. Sai com dois amigos na sexta e no sábado mas não estava bem por várias coisas e continuo com aquela coisa na cabeça por causa do T.. Eu sei que não tenho direito de pensar assim ou sentir isto, mas não consigo evitar. O facto é que justa ou injustamente eu fico triste por ele ter resolvido simplesmente fingir que eu não apareci na vida dele. Afinal era fácil para ele. Afinal eu é que tava mal, eu é que quis acabar e ele ficou mal por eu querer acabar e estava tão bem, mas afinal ele é que está melhor agora. Estou um bocado com medo do que ele tenha dito sobre mim já, tenho alturas em que dou por mim a pensar nas conversas que os amigos terão tido com ele quando ele me andava a tentar esquecer, do género "ela também não vale a pena, ela não era nada de especial, estás muito melhor sem ela, ainda bem que não tas com ela". Sei lá. Isso não faz sentido nenhum. Mesmo. Mas eu penso nisso. E fico mesmo triste por ele já não estar mal aparentemente, mas continuar a fingir que eu não existo. Se já tá bem, que mal é que eu lhe fiz para me ignorar. Eu não gosto desse sentimento, não gosto que não gostem de mim, há quem não se emporte, o que faz sentido é querer saber de quem gosta de nós, mas eu basta não falarem comigo um tempo que começo a pensar que mal fiz, porque é que a pessoa está assim, será que está zangada e coisas assim. Depois, no domingo até acordei bem disposta, tentei que os meus pais quisessem ir sair mas ninguém quis, a minha mãe disse que saia comigo e quando chegou a altura disse que não e eu fiquei mesmo irritada. Vesti-me e fui sozinha, como sempre, andei de carro, gastei carradas de gasoleo porque andei sempre a abrir por uns sitios mais desertos, fui à minha avó só para não desatar a chorar sozinha e enfim, foi assim o meu domingo. Depois a minha mãe percebeu que eu não tava muito bem disposta e começou logo por dizer que não tinha nada que estar assim, que não era motivo, que queria sempre sair, qual era o problema de estar em casa. Eu irritei-me e disse-lhe que não cheteei ninguém, não quiseram sair comigo, saí eu mas não me podiam obrigar a ficar bem disposta. Disse que eles até podiam estar numa altura que não se emportam de ficar a descansar em casa, mas que eu preciso de ver gente e preciso me distrair, sozinha não dá, estou farta. Não sei se tinha razão ou não para estar assim, mas estava. Tudo bem, sai com amigos, já não saia ha algum tempo, mas que querem que faça, que me contente com uma excepção. Não é por ir tomar café com a minha mãe que vou conhecer pessoas, mas pelo menos não penso nisso. Hoje também apanhei um transito enorme não cheguei a tempo das aulas. Tentei aceder ao meu e-mail e aquela porcaria não dá por mais que eu tente mudar a password não dá já estou farta destas coisas, parece que não funciona só para me irritar. Agora à tarde vou ter duas práticas e não me apetece puxar pela cabeça, não me apetece mesmo. axo que não tenho grupo a uma por isso inda vou ter que arranjar. A sério que stress. só queria acalmar, queria estar bem, que alguém se preocupasse, se interessasse. Não me sinto bem e nem sei qual é a solução para isto. Mais do que triste estou irritada, estou mesmo nervosa e stressada. Gostava de gostar de sair para os mesmos sitos que as outras pessoas, beber uns copos, fazer umas figuras tristes, voltar para casa ou dormir na casa de um amigo qualquer, enfim. Mas não gosto, e fica tudo mais dificil. Pode ser que durante a semana dê para sair com a C.. E vou estudar toxicologia agora para ver se me animo.

See ya

escrito por sonhadoraincuravel às 11:49
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Sábado, 25 de Setembro de 2010

Ontem fui sair com a C. e foi muito fixe, fomos almoçar, ela fazia anos ficou contente com o meu presente, não estava a contar e foi o primeiro que recebeu ontem. Falamos muito. Contou-me uma coisa que não estava à espera. O T. anda com outra rapariga, uma que já conhecia, já tinhamos estadop com ela quando estavamos juntos até. Bom mas a questão é que foi um bocado um murro na barriga, não posso deixar de dizer. Não sei porquê, eu não gosto dele, sei disso, ou melhor, se calhar até sei porquê, por mais parvo que seja ou mais mesquinho a verdade é que é chato ele andar em frfente antes de mim. Fui eu que o deixei mas a verdade é que ontem quando fiquei sozinha e pude pensar nisso foi como me sentisse abandonada. Depois parece que ela ficou a saber disso pelo facebook e ele pelos vistos anda pela net e bloqueou-me, nunca disse nada, nem sabia que tinha facebook. Isso magoa-me um bocado, onde estava aquela amizade toda que ele dizia que tinha e que se um dia acabassemos que ele ia continuar a ser meu amigo. A certeza com que ele me dizia isso. Que raiva, a sério, não sei se tenho direito de sentir isso, ele tem direito a fazer o que quer da vida, mas a verdade é que me irrita isto tufo. Irrita-me sobretudo porque eu quis acabar, ele ficou tão mal e nem podia falar comigo e andou numa psicologa por causa disso mas já se está a divertir e anda perfeitamente bem, e eu ja andei aqui com os meus stresses, e eu que fiz isso, de deixar de namorar com ele, como se fosse um inicio de uma mudfança, para me conseguir dar melhor com as pessoas, para sentir as coisas mais claras, enfim, tudo o que falo aqui, e afinal ele anda-se aí a divertir (e ainda bem para ele) e eu é que ando aqui assim. Eu não lhe desejo mal, não é nada disso. Mas eu axo que as pessoas me vão compreender, quem já passou por isso. Eu já vi muita gente a dizer que é chato quando a outra pessoa segue em frente antes de nós. Pensei que não me ia acontecer isso porque ele tentou-me meter ciumes com aquela rapariga uns tempos depois de acabarmos e eu não senti nada. Mas agora sinto axo que a amizade que havia ferida.Eu sei que eu não gostava dele e por isso era mais facil para mim continuar a amizade e para ele não era tão facil, mas também.... epah não consigo deixar de axar um bocado que ele foi egoista. Eu andei com cuidado com ele muito tempo e ele não teve o minimo comigo, foi tudo à volta dele vendo bem as coisas. Enfim, eu nem sei se tenho direito de pensar nisso. Mas sinto-me excluida percebem, completamente excluida, foi como se ele dissesse que já que não queria namorar com ele, que também não lhe sirvo de nada por isso posso ir à minha vidinha que ele me ignora completamente. Detesto isso. Detesto sentir-me ignorada. Estou sempre a ser ignorada, ou pelos amigos ou por ele, que no fundo também contava que fosse um amigo. Enfim, estou um bocado em baixo com isto. Mas sabem que mais, ontem quando me ia a sentir assim no carro, mandei uma mensagem ao P. para irmos ao cinema no fim de semana. E ele aceitou, ficou todo contente. E é engraçado, porque quando haviam outros amigos, na universidade, mal o podia ver e ir gastar dinheiro ao cinema comuigo ou para vir ter comigo, nem pensar, agora que está sozinho à espera de emprego e assim, já não há problema, já pode ir ter comigo e anda como eu andava ha uns tempos. Eu fico ressentida com isso, não vou dizer que não fico, mas enfim, é assim.  Vou tentar sentir esta "raiva" mais vezes, não me esquecer dela, sair, divertir-me, não pensar no que os ouytros vão pensar, enfim, viver. Eu sei que isto é a quente, depois não é bem assim, mas tenho que fazer alguma coisa caramba. Eu andava aqui de pé atrás com falta de vontade de sair com o P. e pra quê. Vai ser bom, vou falar. Aliás mesmo com a C. já estava com pouca vontade de ir. Estava a contar demorar pouco tempo e ir a um sitio perto. Quando ela me disse para irmos de metro mais longe fiquei assim um bocado chateada mas não lhe disse que não e a verdade é que foi optimo. Se eu me deixasse levar assim mais vezes. Fez-me um bem falar de tudo com ela. Eu sei que ela é desvairada, diz tudo o que lhe passa pela cabeça, em qualquer lugar mesmo que as pessoas oiçam, mas isso dá-me a sensação de que se disser uma coisa muito estúpida, ela já vai ter dito pior lool. Enfim, preciso mesmo sair, conhecer pessoas, ser feliz. Ando aqui com coisas  que não significam nada, ocupo a minha cabeça com elas e nem acontece nada nem eu faço nada, pra quê. Outra coisa que me chateia em relação ao T. mas isso já vbem de algum tempo é que tenho medo do que ele diga de mim às pessoas, eu sei que ele pode dizer coisas a meu respeito, sei como ele é, e sei que se vai fazer de vítima em muita coisa. Há coisas que ele sabe que eu não quero que ninguém saiba, e tenho medo de a quem ele já possa ter dito, porque quase de certeza que ele já disse a alguém. Não gosto de ter a sensação que as pessoas tenham ideias erradas a meu respeito. E a minha psicologa diria "e depois?" mas eu sinto isso, sei que não preciso mas sinto mesmo. Vou tentar abstrair-me disso. Fiquei um bocado abalad com aquilo. Ele tem o direito de ser feliz, mas é como se fosse um atestado de "tu estavas errada, tu é que tens problemas, tu é que tens dificuldade, tu é que és o mal disto tudo". E na verdade, em parte, sou. E posso fazer alguma coisa, mas o pior é isso, posso. Mas bloqueio. No outro dia, li no livro que dei à C., uma crónica que falava da timidez e que dizia que devia ser uma doença dos "catálogos" da OMS (o autor é bastante ironico). Até axo que vou fazer um post com algumas cpoisas queb ele diz, porque faz muito sentido. Sabem o que vos digo. Estou farta, farta de ser assim, farta de ter medo, farta de ser a mosquinha morta que está no meio das pessoas assustada como um ratinho, farta de ser tão tímida, farta de pensar tanto nas coisas, de imaginar o que pode correr mal, de não controlar isso, de isso ja me vir em forma de sensação e não de palavras na minha cabeça que controlaria mais facilmente. Estou um bocado irritada como se vê. Mas sabem que mais, estou a sentir-me com mais força. pode ser temporário mas estou. Depois de uma semana com noites mal dormidas e londe de casa, não vim logo para casa ficar muito confortável, fui sair e vim mais tarde, pronto, é muito bom voltar a casa mas em casa eu não evoluo, pelo menos nos termos que perceberão. E hoje de manhã cá estou eu a tratar da minha vida. Logo já tenho o que fazer. À noite já tenho o que faz<er. E amanhã não tenho muito que fazer mas vou arranjar. Ficar parada e confortavel é que já não tá a dar. Se ele tinha tanto am or por mim, tanta amizade, e pode andar aí a divertior-se e a andar com outras namoradas ou o que seja, porque é que eu não posso andar feliz da vida j´+a que fui eu que quis, fui eu que fiquei melhor assim. Estou farta de ser a coitadinha. Não sei se o pensamento me vai mudar, mas é assim que está agora e parece-me que assim é que devia estar. Bom fim de semana a todos.

See ya

escrito por sonhadoraincuravel às 10:41
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Quinta-feira, 23 de Setembro de 2010

Sétimo dia: quatro coisas que tu nunca esqueceste

 

1- Lembro-me do primeiro dia que fui à escola, a minha mãe deve ter-me ido inscrever na pré-primária, lembro-me que haviam crianças cá fora, lembro-me do pró fabricado verde que apesar de ser um pré fabricado era muito confortavel e acolhedor e lembro-me de estar cheia de vontade de ir para a escolinha.

2- Lembro-me das festas de anos do meu irmão na minha avó, cheias de crianças e a minha mãe a fazer uns jogos sem fronteiras com tudo e mais alguma coisa e era a animação lá da zona, eu fazia anos nas férias de verão e era pequenita então não tinha dessas coisas. A minha mãe dava prémios a quem ganhasse que comprava na loja dos trezentos e fazia batota para dar o presente a quem precisava mais lool.

3- Lembro-me de quando o director da escola no quinto ano resolveu explicar à escola toda que não se calcava a relva e para isso usou os alunos acabados de chegar à escola, aos mais pequeninos onde eu estava e puchou-nos as orelhas à frente da escola toda e fiz xixi nas calças de tanta vergonha (é verdade) disfarcei e tal e só contei á minha prima, que era tão boa que no dia seguinte as nossas amigas do nosso grupo sabiam todas e a mãe dela telefonou para minha casa para perguntar se estava tudo bem. Também teimosinha como sou, quando elas me disseram que ela lhes tinha contado isso eu neguei e fiquei indignada e até acho que quis ir tirar as coisas a limpo com a minha prima lool mas não cheguei a fazer isso pelo que me lembro.

4- Lembro-me do primeiro dia de universidade, tive matemática o professor fez um intervalo e eu fiquei lá fora meia perdida encostada a um pilar a telefonar à minha mãe para parecer que estava a fazer alguma coisa e senti-me muito abandonada quando a minha mãe e o meu irmão me deixaram lá lool.

 

See ya

escrito por sonhadoraincuravel às 23:57
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Amanhã combinei sair com a C., ela faz anos mas não sabe bem se eu me lembrei. Hoje mandei-lhe uma mensagem a perguntar se nos encontravamos no sitio da outra vez e assim e ela não me respondeu. pensei que talvez me tivesse respondido no facebook mas não respondeu no facebook. Se ela amanhã não me disser nada ou inventar uma desculpa vou ficar muito chateada. Eu axo que ela deve responder, mas estou com um certo receio. Não vou pensar muito nisso mas enfim, vamos ver, eu hoje comprei-lhe um livro e fiz uma dedicatória, é uma lembrança só para ela se lembrar que eu me lembrei dela, sendo que ela se lembrou de mim tarde e a más horas e porque alguém fez anos a seguir a mim, mas já nem me doi tanto, espero é que ela me responda. Hoje o dia foi mais leve, não tive tantas aulas. Mas passei por pessoas do meu ano, muitas pessoas do meu ano. Nem sabia o que fazer, eu vejo-as olhar para mim e apetece-me não continuar a andar em direcção a eles mas enfim, ainda dava pior aspecto, então lá passo por eles, cumprimento vagamente alguns que conheci no inicio do curso e continuo com a minha vidinha a pensar para não me travar, não cair, não torcer um pé nem ser atropelada em frente aquela gente toda lool. Podia ser coisa minha mas sinceramente não sinto o mesmo com a maioria das pessoas de outros anos, os dois anos a seguir ao meu são muito mais simpaticos, com gente muito mais normal, os do meu ano são pessoas que olhamos para elas e parecem saidas de uma revista cor de rosa ou de um episódio dos morangos com açucar, eles parecem aqueles filhos de papá com aspecto muito limpinho à primeira vista mas que depois têm as conversas mais porcas entre eles. E pode parecer que estou a falar de beleza e de dinheiro mas não é nada disso, há gente bonita e menos bonita em todos os anos e gente rica em toda a universidade, não tenho qualquer problema com isso, mas as atitudes são diferentes e parece que se juntaram todos no meu ano. Bom, mas tenho que aprender que não sou inferior a nenhum deles mesmo que me apeteça mudar discretamente de passeio quando os vejo. Continuando a contar o meu dia, fiz uma arrumação geral à casa, estava cheia de pó. Agora já está tudo mais limpinho, já tenho a roupa pronta para amanhã lool de manhã demoro muito a fazer as coisas e mesmo preparando tudo axo que encontro sempre qualquer coisa para fazer ou então ando mais de vagar e acabo por me atrasar na mesma. Por falar nisso as pessoas falam às vezes que fazem um esforço enorme para não se atrasarem, que é uma falta de respeito e assim. Eu compreendo isso e sei que provavelmente é um bocadinho mau fazer alguém esperar. Mas eu axo que é assim se estivermos a falar de vonte minutos ou meia hora vá, isso é muito. Eu chego atrasada aos sitios  muitas vezes mas no maximo vá um quarto de hora e a sério que tenho respeito pelas pessoas. E se me fizerem esperar esse tempo também não desespero nem axo que estão a faltar-me ao respeito, a sério que não percebo bem aquela coisa toda de algumas pessoas com os horarios, não consigo sentir o mesmo. E ser assim sempre muito pontual, estar no sitio no exacto minuto de todas as vezes, irrita-me, irrita-me tanto como ter o paninho na mesa bem no centro, as toalhinhas organizadas, os pratinhos direitinhos, as coisinhas na mesa direitinhas. Essa organização toda chateia-me e irrita-me. Não é natural as coisas estarem assim tão organizadas, as pessoas mexem nas coisas por isso o natural é elas estarem não todas desarrumadas mas ligeiramente fora do sitio, percebem lool. Bom, é isso que tenho para dizer, mais um dia cansativo, no fim de semana tenho várias coisas para fazer como pintar o cabelo e corta-lo (está com manchas por causa das madeixas que andei a fazer), lavar o carro (ou mandar lava-lo não é verdade), tirar fotocopias das aulas para ter os apontamentos direitos, fazer compras para a semana, era para convidar o P. para irmos ao cinema mas não sei se vai dar, também queria ver os horarios do ginásio. Bom espero que tenham um resto de semana bom.

See ya

escrito por sonhadoraincuravel às 23:29
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Quarta-feira, 22 de Setembro de 2010

Sexto dia: cinco pessoas que significam muito para ti

 

1- Os meus pais!

2- O meu irmão!

3- A minha avó A.

4- O meu avô que não conheci.

5- Os meus primitos mais novos

 

Obviamente não são só cinco pessoas mas foi a maneira que consegui numerá-los e obviamente que há gente que falta aí, mas enfim, são pessoas que significam muito para mim.

See ya

escrito por sonhadoraincuravel às 23:18
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