O meu dia foi melhor do que ontem, não estava tão triste, não pensei muito, acordei, almicei, fui tomar café, tive visitas, enfim. Até tive bem. Há uns dias reparei no messenger que o afilhado de uma amiga de liceu (e antes disso até) tinha nascido. Não sei porquê (ou se calhar sei) não me apeteceu ir falar logo com ela. Hoje fui falar com ela e claro que a resposta foi um silêncio. Já é habito dela, devo ser transparente para ela. A sério ainda no outro dia disse que não se devia correr atrás de quem foge (quem disse isto foi a Diana Chaves no Alta Definição) mas a verdade é que me encomoda. Caramba eu nunca lhe fiz mal nenhum, sempre falamos carinhosamente uma para a outra, para aí no sexto ano descobrimos que tinhamos afinidades e começamos a ficar amigas, fomos bastante amigas, faziamos parte do mesmo grupo restrito no liceu enfim. Depois fomos para a Universidade e afastamo-nos como aconteceu com todos mas a sério que a maior desilusão foi com ela. Não fui a única mas sempre perdoei as faljhas dela porque ela é mesmo despistada, era capaz de marcar coisas e não aparecer ou chegar ou uma hora de atraso enfim, mas eu sempre lhe perdoei essas coisas quando o P. por exemplo que é quase como um irmão se zangou várias vezes. Mas chegou a um ponto que cansei de ser parva. De cada vez que vou falar com ela no messenger ela ignora-me, não me responde, é capaz de entrar e sair e não me responder, já lhe disse isso e ela disse que tava a fazer trabalhos ou assim, mas de férias não tem desculpa para me dar além disso acontece de todas as vezes. Além disso de cada vez que saímos ela fala imenso das coisas que faz no curso dela e assim e eu gosto muito de a ouvir mas nesta altura, aliás, desde que fomos juntas à benção das pastas do P. que percebi que ela, como foi sempre a menina que chamava a atenção por ser querida e baixinha e redondinha, pequenina enfim, era querida e continua a ser mas axo que por isso talvez começou a axar que toda a gente lhe suporta tudo e nessa benção das pastas quis um protagonismo que eu nem imaginei tirar-lhe mas o facto de ela se querer afirmar mais importante do que eu ali porque tinham sido criados juntos fez-me ver que ela tem a necessidade de se impor sei lá. Enfim, seja como for eu já gostei muito dela, já a considerei a minha melhor amiga e agora sinto uma desilusão tão grande. Que mal lhe fiz eu para me ignorar, não foi por a chatear com os meus desabafos concerteza porque nunca chateei ninguém com isso apesar de às vezes me saírem desabafos mais derrotistas e não gostar disso, mas nunca chateei ninguém de certeza, por isso tive a necessidade de criar este blog, porque não sou capaz de entediar ninguém com as minhas coisas, já chego eu. Sinceramente não percebo porque ela tem uma aversão tão grande em responder-me a uma mera pergunta em que só queria felicitá-la pelo nascimento do afilhado. Aliás coisa que ela não faria se visse alguma coisa no meu messenger porque eu sou invisivel para ela. E o que me magoou mais foi ver que ela comentou uma foto qualquer de uma colega nossa que já não vê há imenso tempo, toda carinhosa e não sei quê. Se calhar isto é parvo e é um bocado ciumes mas fiquei magoada porque já fomos tão xegadas e ela não é capaz de fazer o mesmo por mim sequer, nunca comentou nada meu, se eu disser que me vou atirar de uma ponte na minha frase do messenger ela não vai lá perguntar se tá tudo bem (e depois de escrever isto vejo o peso destas redes sociais na minha própria vida, também já fui atingida e nem tinha percebido bem). Tou muito magoada a sério, tou desiludida. Ninguém me pode dizer que não posso valorizar isto. Pelo menos até certo ponto. Eu axo que o problema não é própriamente meu, na essência. Mas sinceramente sei lá, eu não tinha um role muito grande de amigos e axo que fui amiga deles, no sentido verdadeiro da palavra, mas será que há alguma coisa de errado comigo a esse nível? Alguma coisa importante que faz com que realmente ninguém sinta a minha falta se eu não estiver? Uma amizade verdadeira é substituivel? Mas eu já tinha chegado à conclusão que as amizades que eu conhecia não eram propriamente verdadeiras, pelo menos como eu as julgava ser e como vejo nas relações de outras pessoas, não é verdade? Uma coisa é dizer outra é sentir e axo que hei-de sempre ficar desiludida com isto porque qualquer sinal de amizade e de carinho me faz ter esperança nas pessoas e na relação que tive, tenho ou posso vir a ter com elas. E portanto, depois acabo por me desiludir uma e outra vez, porque é facto que as pessoas dizem muita, muita coisa da boca para fora. A sério começo a ter medo. Eu sei que toda a gente pode ter amigos, absolutamente toda a gente. Sei toda a teoria que isso envolve, sou consciente disso. Mas na realidade sinto muita insegurança, cada vez mais porque eu até vejo pessoas tímidas com amigos, pessoas inseguras com amigos e vejo pessoas maldosas e com ideias a meu ver não muito correctas com amigos, então porque é que ninguém sente esse afecto por mim. Eu tenho a certeza que nunca fiz mal a ninguém. Mesmo que alguma vez tenha desejado dar uma má resposta, por alguém no lugar eu nunca o fiz, então também ninguém ficou ofendido por mim. Não atraio mesmo pessoas. Devo ter uma barreira desenhada na cara. Como se as pessoas olhassem e dissesse na minha testa que não quero confianças com ninguém. Tou cansada. Desde ontem que voltei a sentir aquele cansaço que sinto quando a cabeça não anda mesmo em ordem. É um cansaço emocional que chega a ser físico também. Só me apetece chorar e não consigo. Foi desde que fui à universidade, é um facto. Quero pensar que sou capaz de levar aquilo na boa, e hoje até me consegui convercer disso e esperar pelas inseguranças e nervosismos para lidar com eles mas o facto é que desde aí que estou mais sensivel. Amanhã acordarei melhor, talvez tire as primeiras fotos minhas do verão imaginem, já tirei algumas mas nunca estou, tou sempre atras da camara. Continuem um bom fim de semana.
See ya