E foi hoje, depois de longos meses, que me descontrolei. Chorei baba e ranho, ainda choro. estou perdida, completamente perdida. Acendi dois cigarros, não adiantou de nada. O tabaco é a coisa mais fora da minha intediante existência que faço. Não sirvo pra nada. Sejamos sinceros, se não fosse a minha familia quem é que ia sentir a minha falta? Ninguém. Podiam chorar alguns, ter pena. Mas na pratica quem ia sentir a minha falta para além da minha família? Estou exausta. Exausta de aguentar, de ter aquele sofriento constante como se tivessemos aquela dorzinha de dentes que não é forte mas está sempre lá. É assim que me sinto, há sempre um esforço, um sofrimento todos os dias. Estive melhor desde que deixei a psicologa. Fiz alguma coisa sozinha, evolui ligeiramente. Mas fui-me abaixo. Tanto. Hoje voltei a sonhar com o T. com o que lhe dizia. Estou a ficar doida com isso. Esta situação fez vir ao de cima tudo o que estava la escondido, todos os problemas que eu fui fingindo que estavam melhores, que estava a aguentar. Não dura sempre aguentar essas coisas. Estou cansada. Não sei o que fazer. Não sei o que será melhor para mim. Não sei que raio de rumo é que posso tomar se a minha vida ja esta uma merda. É injusti dizer isto com a familia que tenho mas axo que ja todos percebemos que me refiro a mim, as minhas coisas e a minha vida sozial e com amigos. Sem amigos. Na semana passada falei com pessoas, saí mais. E depois? Não muda nada, continuo a sentir o mesmo por dentro, a confiança que ganho nessas situaçoes é tão pequenina tão pequenina. E eu precisava tanto de subir o meu animo consideravelmente. O saldo esta muito negativo. Não há uma pessoa neste mundo, a dizer-me gosto de ti. Uma só. Na minha familia está implicito e as vezes até é expresso mesmo mas tirando isso, não há uma pessoa a dizer-me isso. A mostrar-me que sente a minha falta. Não sentem. Podem gostrar de sair comigo até alguns. Mas se não sairem, saem com outras pessoas, a mnha presença ou ausência não lhes aquece ou arrefece. E agora diria a minha psicologa. Agora supostamente ta mal então faz-se alguma coisa para ficar bem. O quê? Aguentar um pouco mais? Sofrer um pouco mais? Estou farta. Não sei o que fazer, não sei lidar com as coisas, com as coisas simples, com a vida. Pensei que "viver" era um dado adquirido, era-nos dada essa oportunidade e apartir daí a gente vivia. Mas eu não estou a viver. Eu estou a sobreviver. E o que torna a coisa mais ridicula é que os meus problemas nem são graves. São simples. Podiam ser simples, não fosse a minha estranha e defeituosa existência. Sinto que o que me faz "ser" é um erro. Não está bem, não dá. Estou farta do meu curso. Não posso desistir dele. Estou farta de não me sentir capaz. Estou farta de não ser capaz. Estou farta de ter que ser capaz. Estou farta que as poucas decisões que tomei na minha curta existência me estejam a dar tantas dores de cabeça. As cisas até estavam a correr bem caramba. Estava mais ou menos calma. Porque é que isto veio tudo ao de cima. Uma coisa é certa, se vieram é porque estavam lá. E sejamos realistas, vai estar sempre. Não vai chegar o dia em que vai ser facil para mim conhecer alguém e vou dizer o que me apetecer sem ter o maximo cuidado. Não vai chegar esse dia. E com a maneira como eu vivo, quando é que vou conseguir uma amizade proxima? Como a que podia ter com o T? Nunca. E um amigo com o qual me apeteça pertilhar mais do que uma amizade sem pensar em todas as pressões que imponho a mim propria? Eu sei o quão dificil isso será ou seria. Ás vezes chego a não acreditar e a pensar "será que vou envelhecer sem ter outro namorado, sem ter uma coisa em que finalmente eu me sinta feliz?". Sou nova de mais para pensar isso. Mas com a minha maneira de ser, a maneira mesmo que às vezes esteja mais disfarçada.... não é assim tão descabido pensar assim. Hoje estou farta, muito farta. Talvez volte às consultas de psicologia. Disfarçar mais um pouco aquilo que sou. Espero que com voces esteja tudo bem.
See ya