Fui-me abaixo, fiquei mesmo triste. Já nem sei o que disse aqui antes mas nem me apetece ler. No outro dia estava no Porto, vim das aulas e estive muitomal (ok ja me lembro que ja falei desse dia) mas depois no dia seguinte não fui às aulas. Fiquei na cama a manhã toda. Mandei mensagem ao T. logo às sete e pouco antes de ele ir trabalhar. A resposta não foi muito intusiastica nem eu esperava que fosse. Mais tarde mandei mensagem, falamos um bocado e disse-lhe o que tinha a dizer, porque não falava comigo, se preferia que eu saisse da vida dele para sempre ou se era aquele tempo que tinhamos falado para depois sermos amigos. No inicio axo que ele quis dizer que era melhor não nos falarmos mais porque ainda gostava de mim. Mas depois la continuou a falar comigo e disse que a partir de agora eramos amigos outra vez e não sei quê. Mas ainda lhe custa falar comigo e assim. Fiquei tão confusa. Já pensei tudo, ja pensei no que estava a fazer ao falar com ele, já pensei se não era mais facil continuar com ele, já pensei se posso sentir alguma coisa quando o vir, ja pensei na falta que o apoio dele me faz enfim. Tou carente e tenho um medo enorme de ceder a isso. Era mais facil, saía mais, divertia-me mais, tinha alguém, enfim há sempre aquela ilusão de que se fosse assim eu ia ficar bem melhor e sentir-me melhor comigo e tudop ia correr bem. Eu sei que não é assim. Sei que estive quatro anos com ele e muito tempo não gostava dele da mesma maneira que ele e sei que estava à vontade com ele mas mesmo assim me sentia retraida em certas alturas e não estava a vontade com as pessoas mesmo que o tivesse la pra me proteger se me sentisse mal. Há sempre esse ilusão "será que eu agora não estou melhor, mais resolvida e as coisas não iam ser mesmo assim como eu imagino?". Tive medo de ceder a isto tudo. Estive mal mesmo. Vim a chorar pra casa. Sentia-me mal porque a minha mãe ia ver que estava assim e ia ficvar preocupada. Mas tinha que vir não estava a aguentar. Tinha dois testes no dia seguinte e não tinha estudado. Cheguei e falei com a minha mãe e fez-me bem. Axo que nunca tive tão mal. Há três dias que não consigo comer nada quase. Só consigo beber sumos e assim pra me manter de pé. Nunca me senti tão sem apetite é como se por dentro o meu corpo estivesse a trabalhar tanto que não consegue aguentar que meta alguma coisa no estômago. Mas falei com a minha mãe depois uma segunda vez e ela trouxe-me um bocadinho à terra. Falou-me se não estava a falar com o T. e se ele sabia que era só amizade, se tinha a certeza disso, se não estava a mexer em coisas muito cedo. Isso deixou-me com medo, estou numa indecisão, estou entyre a ideia de estar a gostar de falar com ele, de desabafar algumas coisas e de estar a participar da vida dele e entre ele estar a ganhar algum tipo de ilusão, de estar a falar mas estar a sofrer com isso enfim isso tudo. Eu não puxo pela conversa, não estou a forçar absolutamente nada mas isso não me tira a culpa. Depois outra coisa que me começou a atirar abaixo foi saber das coisas dele, que estava a ser praxado, que estava a viver essas coisas todas da vida académica e fez-me pensar no quão insignificante é a minha vida. A minha mãe esteve-me a dizer que não posso viver pela vida dos outros, que lá porque axo que as pessoas fazem coisas muito melhores não quer dizer que seja verdade e não quer dizer que eu tenha que viver o mesmo que eles e que toda a gente tem problemas e toda a gente vive à sua maneira. Eu disse-lhe que não gostava da maneira que estava a viver que preferia ter coragem de fazer certas coisas que as pessoas fazem. Ela disse que tem tudo a ver com a maneira como eu vejo as coisas, eu vejo que tudo o que eu faço é mau, eu vejo que tudo o que eu sou é mau. E tem razão, eu sei disso. Tenho coisas más como toda a gente mas pioro tudo porque axo as coisas mais simples erradas em mim. Noto isso quando vejo que há dias que gosto de uma coisa ou estou tranquila com ela e outrops que odeio e não consigo viver direito com essa coisa. Também tenho pensado muito na faculdade. Toda a gente que fala disso ou que sabe a situação me fala em mudar o curso. Começam a ser muitas pessoas. Mas como posso fazer isso. Ia-me axar uma falhada para o resto da vida, ia ser sempre aquela que andou cinco anos na universidade para fazer um curso e resolveu mudar porque não conseguiu faze-lo. E depois há a questão de eu ter os meus problemas comigo e se mudar de curso não sei até que ponto os problemas vão continuar. Não sei. Não sei o que fazer. Aliás agora só posso fazer uma coisa, já tive mais convicção neste curso mesmo em alturas que estive desanimada mas pensei sempre claramente que tinha que o fazer, mas neste momento não posso muder de curso porque estamos no meio do ano, por isso vou continuar a tentar, a tentar por-me bem e no fim do ano, ou mais para o fim do ano penso nisso com mais afinco. Eu ja disse outras vezes isso e depois não penso muito nisso na altura que devia mas enfim. A verdade é que as coisas mudaram um bocado. Ontem saí com o P. falei-lhe um bocadinho disto, mas não entrei em grande pormenor. às vezes axo que tenho um bocado de necessidade de explicar a essas pessoas porque é que as coisas me estão a correr mal na faculdade. Para às vezes não parecer que lá estou eu a queixar-me mas estar a cagar-me pra universidade. E ja me disseram que não me posso preocupar tanto com o que as pessoas pensam. É verdade. Mas é muito forte para mim. A minha mãe também me falou nisso porque entretanto tive uns problemas com um grupo com quem tinha que fazer um relatorio (ou pensei que tinha porque depois não era nada e eu quase desisti) e ela disse-me que não precisava me preocupar com o que as pessoas iam pensar de mim, "que interessa o que elas vão pensar, se pensarem pronto, se vierem falar contigo responde, explica, se não quiserem perceber paciência vais fazer o quê". Já ouvi este discurso antes, mas naquele momento fez tanto sentido que me fez bem. Marquei consulta na psicologa mas só daqui a duas semanas. Acxo que lhe vou pedir pra me aconselhar uns anti depressivos ou qualquer coisa, axo que preciso pelo menos andar com eles na bolsa para evitar coisas assim, é que nunca me senti tão mal. Os ansioliticos não digo que não façam nada, axo que fazem alguma coisa, mas não fazem muito. Talvez ela me aconselhe alguma coisa para pedir ao meu medico. Entretanto com esta treta de não conseguir comer estou branca como a cal o que realça imenso a minha beleza e o cabelo cai-me em quantidades um bocadinho acima do que eu axo normal. Lá terão de vir umas vitaminas. E eu que não gosto de tomar medicamentos. Obrigada pela força. Hei-de levantar-me. Espero que estejam todos a ter um bom fim de semana.
See ya