estou em baixo e ha pessoas que parece que não têm problema em deixar-me assim. Ontem o meu pai não disse nada do acidente mas a minha mãe hoje vei-me dizer que ele estava muito calado porque estava farto disto, estava chateado. Não sei porque me disse isso, podia poupar-me a sentir isto. Parace que as vezes as pessoas preferiam que esteja quieta pra não fazer asneiras. Podia ter acontecido em qualquer sitio não tive culpa vieram contra o meu carro não podia adivinhar e dizem-me "pra que fost sair ontem de casa", não vêem que fui a primeira pessoa a pensar isso. Já ontem o T me tava a chatear porque ia comigo no carro e em vez de ajudar tava-se a querer fazer de vítima de alguma coisa, fosse o que fosse, qualquer coisa que eu dizia ele levava para o lado de que eu não lhe dava valor. Não sei explicar mas já me estava a enervar e tive que me acalmar e pensar noutras coisas uma vez que apesar do acidente, enquanto estava acompanhada até estava bem. Depois quando fico sozinha é que me ponho a pensar. E depois a minha mãe hoje diz-me aquilo, o meu pai pergunta porque fui sair de casa. E eu ando aqui no meio, parece que tou a falar uma lingua que ninguém percebe. Ninguém me percebe, ninguém tem o cuidado de se por na minha posição e eu mesmo assim tou sempre a por-me no lugar dos outros e a absorver os problemas deles. Parece que levei um murro no estômago. Apetecia-me ficar na cama, não me apetecia ver ao espelho nem vestir-me nem estar com pessoas. Mas preciso ir buscar os meus primitos à escolinha e eles merecem que esteja bem pra eles. Por isso vou voltar a fingir e quem sabe acabo por me convencer a mim própria que tou bem.
See ya