Não sou muito xegada à política mas axo que todos devemos estar atentos porque supostamente nos estão a representar e a tomar decisões que nos implicam directamente. E “não sou muito xegada” não por desinteresse mas porque há coisas que me põem nervosa e me fazem querer mudar de canal ou virar a página. Nos últimos tempos, que já vão sendo longos, é impressionante a palhaçada que se vê daqueles que, sendo nossos representantes, deviam dar o máximo exemplo. Eu não sou exactamente de criticar tudo e todos quanto são políticos mas que eles nos dão motivos para de vez em quando generalizar um bocado, isso dão. Nos últimos tempos há na mais alta política portuguesa um enorme cheiro a jogo e a censura. O jogo é o de interesses que não são os nossos e a censura é a da nossa tão orgulhosamente conquistada liberdade de expressão. Vejo os nossos representantes jogar com coisas e a querer fazê-las parecer tão fundamentais e graves, quando no fundo não nos afecta em basicamente nada, mas são optimas para se provocarem uns aos outros. Depois esta questão da censura, que é um odor que já tenho sentido ao longo dos últimos anos, apesar de agora lhe darem mais importância e alarido. E atenção que o cheiro não vem só de cima mas de várias direcções. Porque se a mais alta política parece um jogo de partidos em que cada um tenta empatar mais os outros, na política que nos está mais próxima, nas nossas cidades, aí coisas graves parecem acontecer. E dessa temos todos exemplos bem conhecidos que nem preciso enumerar, só que há muito mais disso por aí. Por cá acontecem coisas que apesar de parecerem tão claras, ninguém pode provar nada por um motivo ou por outro. Por cá, o que alegadamente acontece é projetos que são negados a uns (porque o prédio tem um andar a mais, imaginemos) para que a outros sejam permitidos (com mais três ou quatro andares), propriedades privadas que são invadidas antes de se fazer qualquer proposta para expropriação (porque há eleições e precisa mostrar-se trabalho), terrenos agrícolas expropriados por 10 e vendidos por 1000 para construção, “ódios” de estimação para quem não fica conformado com certas e determinadas situações, e “amores” de estimação. Obviamente que há bons políticos como ha bons e maus carácteres em todo o lado mas ainda se pratica por aí muito abuso de poder ao que me parece.
see ya